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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A difícil tarefa de se fazer entender

A difícil tarefa de se fazer entender

Relacionamentos são difíceis, todos nós sabemos. No começo, flores; com o passar do tempo, defeitinhos que surgem aqui, ali atrás, etc. Vale a máxima "vassoura nova varre bem". Deve ser porque no início queremos impressionar, mostrar nossas mais belas qualidades, nosso melhor ângulo. Basta ver que nos começos ninguém aparece descabelado na frente do pretendente. Todo mundo arrumadinho. Tudo no lugar. Fios de cabelo milimetricamente posicionados. Uau, parece um quadro de Monet! Todos lindos, encontros iguais a cenas de filmes franceses: palavras certas, gestos corretos, romances exatos, calafrios, arrepios, coração acelerando de um jeito que estou-quase-tendo-uma-síncope, perfume exalando por todo o ambiente.

Passa um tempo, tanto faz se é muito ou pouco, você começa a ver pequenas coisas que não via (??) ou simplesmente fingia não ver (!!). Eis que o seu candidato a príncipe ou princesa é um ser normal: bingo!! Pisa na bola, faz um bando de coisas que te irritam, tem um jeito patético ao lidar com problemas, não tem lá aquela maturidade e muito menos aquele jeito todo delicado que você pensava. Epa, o que aconteceu? Trocaram tudo? Cadê a pessoa pela qual você se apaixonou? No mesmo lugar. Não, ela não é mascarada, nem falsa, nem nada. Ela é humana. Tem um lado bom, um lado não-tão-bom.

O que é difícil é a comunicação, esse processo todo de se fazer ouvir. Você sempre soube que ninguém é perfeito. Você sempre entendeu que nos relacionamentos é necessário o esforço e o empenho das duas partes. Não, amar não basta. Se só o amor fosse capaz de sustentar uma relação...o mundo estaria perfeito. Todo mundo seria feliz. Amar conta. Amar é fundamental. Diria essencial. Mas amar representa, pelo menos pra mim, 70% de tudo. O resto é diálogo, entendimento, respeito, amizade, esforço, dedicação, cumplicidade, sinceridade, fidelidade (principalmente com você mesmo!). Sempre fui a favor do diálogo. Tudo se resolve em uma boa conversa. Tá ruim? Conversa. Não existe remédio melhor.

De qualquer forma, meu jeito é esse: não mostro o melhor de mim, mostro quem eu sou. Se gostar, ótimo. Se não gostar, não vou me pentear, passar rímel, gloss e o escambau. Se bem que isso é fácil. Difícil é pentear o coração, passar rímel na alma e gloss nos valores que a gente tem. Todavia, meu coração é puro, minha alma é colorida e meus valores são o melhor de mim. Se você quiser, é o que a casa oferece.
Por Clarissa Corrêa 

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