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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Fendas no Coração

Quando nascemos nosso coração é inteiro. Fechado, envolto, é aos pouquinhos que vai se abrindo e aprendendo o que é o amor e a dor. Com o passar dos anos vamos nos entregando às paixoes, às esperanças, às expectativas de encontrar a felicidade. E as decepções chegam… e o fechamos! Nosso erro é fechá-lo com mágoas por dentro, com as feridas que, sem ar, sem a possibilidade de carinho que entre, possam cicatrizar. Por isso pessoas amarguradas podem ficar assim até a morte. É preciso deixar uma fenda onde as tristezas possam se evacuar, onde elas liberem lugar para que o amor entre novamente. Só que é preciso ter o cuidado para não deixar uma fenda grande demais!… Um coração cansado e carente é uma presa fácil. Pessoas que vivem desgastadas por uma vida inteira onde os sonhos parecem já não mais existir, podem confundir com amor a necessidade de sentir de novo emoção e paixão. Pessoas que encontram a sua alma-gêmea no momento exato que se sentem fragilizadas precisam ter o cuidado para não cair nessa armadilha. Sei que é difícil ser objetivo nessas horas. A monotonia do nosso dia pode fazer com que vejamos as coisas de fora bem mais bonitas do que são realmente. Há um momento onde queremos voltar no tempo da adolescência e sonhar de novo com um grande amor, queremos paixão, queremos sentir de novo o coração batendo mais forte, queremos a dor no estômago da espera de um encontro marcado, a felicidade misturada com ansiedade ou não sei o quê. Nessas horas deixamos uma fenda grande demais no coração e um pouco de atenção, uma palavra carinhosa ou um gesto gentil podem entrar e tomar forma de amor, que na realidade amor nao é: é necessidade! Necessidade de reviver. Sei como dói ouvir coisas assim, porque então tudo parece ainda mais sem sentido. Só nós sabemos o que vai por dentro do nosso peito. E, portanto… deixe o tempo passar… a pessoa perfeita já não será assim tão perfeita, o grande amor que chegou já não vai parecer assim tão grande. Quando estamos nos afogando é fácil segurar a primeira tábua que nos cai nas mãos, mas isso pode ser apenas um meio da gente nadar até a praia para ver novos horizontes. Uma vida mal resolvida não encontra soluções mágicas em um amor que acabou de chegar. Cada coisa no seu tempo. Antes de deixar entrar alguém pela fenda do seu coração, jogue fora sua infelicidade. Faça faxina interna, coloque ordem, resolva sua vida. Depois siga em frente… um amor verdadeiro talvez te espere do outro lado, mas então você vai saber que não o tem por carência, mas porque a vida resolveu te dar uma segunda chance. Letícia Thompson


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O coração e a saudade - Letícia Thompson

O coração e a saudade - Letícia Thompson Não é difícil falar de saudade: doloroso é vivê-la. Difícil é amá-la quando dilacera o coração e o deixa em pedaços. Acho que encontrei uma explicação pela qual ela parece tão insuportável quando ficamos muito tempo longe das pessoas que amamos: como o coração é apenas do tamanho de uma mão fechada e a saudade algo que cresce a cada dia, cada minuto que passa ela vai ocupando mais espaço e o coração se sentindo cada vez mais apertado. Sem o outro ele se sente sem ar. Por isso essa sensação de se sentir sufocado e a impressão que o coração vai explodir dentro do peito. Por isso os olhos ardem e as palavras desmancham-se dentro de nós. Mas a saudade é deliciosa!!! É ela quem nos mostra aqueles que contam realmente na nossa alma, os que escreveram para sempre seus nomes nas paredes do nosso coração e, aconteça o que acontecer, permanecerão lá, intactos. É dela que não queremos nos desprender, a qual nos agarramos como uma tábua de salvação que nos conduzirá à outra margem... onde encontraremos aqueles que vencem as distâncias e os infinitos e continuam do nosso lado ignorando as barreiras do impossível e do invisível. Sabemos que amamos quando a saudade bate à nossa porta e não encontramos forças para não deixá-la entrar. Nos entregamos. A saudade é a doce arte de saber misturar o amor, a dor e a esperança. É a herança dos que abriram o coração para amar...

Letícia Thompson

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O amor não morre

O amor não morre
O amor não morre. Ele se cansa muitas vezes. Ele se refugia em algum recanto da alma tentando se esconder do tédio que mata os relacionamentos. Não é preciso confundir fadiga com desamor. O amor ama. Quem ama, ama sempre. O que desaparece é a musicalidade do sentimento. A causa? O cotidiano, o fazer as mesmas coisas, o fato de não haver mais mistérios, de não haver mais como surpreender o outro. São as mesmices: mesmos carinhos, mesmas palavras, mesmas horas... o outro já sabe! Falta magia. Falta o inesperado. O fato de não se ter mais nada a conquistar mostra o fim do caminho. Nada mais a fazer. Muitas pessoas se acomodam e tentam se concentrar em outras coisas, atividades que muitas vezes não têm nada a ver com relacionamentos. Outras procuram aventuras. Elas querem, a todo custo, se redescobrir vivas; querem reencontrar o que julgam perdido: o prazer da paixão, o susto do coração batendo apressado diante de alguém, o sono perdido em sonhos intermináveis e desejos infindos. Não é possível uma vida sem amor. Ou com amor adormecido. Se você ama alguém, desperte o amor que dorme! Vez ou outra, faça algo extraordinário. Faça loucuras, compre flores, ofereça um jantar, ponha um novo perfume... Não permita que o amor durma enquanto você está acordado sem saber o que fazer da vida. Reconquiste! Acredite: reconquistar é uma tarefa muito mais árdua do que conquistar, pois vai exigir um esforço muito maior. Mas... sabe de uma coisa? Vale a pena! Vale muito a pena! Letícia Thompson

Menopausa

Menopausa

A menopausa é a fase em que se encerra a capacidade reprodutiva da mulher, consequência da queda da produção dos hormônios estrógeno e progesterona e o fim da ovulação. No entanto, esses hormônios sexuais desempenham, também, papéis importantes no controle de outras funções do organismo. É por isso que muitas mulheres sofrem com sintomas desconfortáveis, como suor noturno, irritabilidade, ansiedade, insônia, cansaço e diminuição de atenção e memória. A redução dos hormônios provoca, ainda, perda da elasticidade da pele e diminuição da massa muscular, além de inibição da reabsorção óssea, aumentando o risco de osteoporose. Mas é possível reduzir os efeitos das mudanças hormonais com uma alimentação saudável, aliada a uma rotina de exercícios regulares. De olho na alimentação - Consuma alimentos ricos em fitoestrógenos (substâncias usadas como repositores hormonais naturais), como soja e seus derivados – leite de soja, tofu –, e linhaça, que ajudam a reduzir os sintomas da menopausa. - Inclua mais cálcio no seu cardápio. O leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, têm elevada concentração do mineral. Vegetais verde-escuros, como espinafre, couve, folhas de mostarda, quiabo, agrião, brócolis, rúcula, assim como o tofu e a sardinha, também contêm altas doses de cálcio. - Reduza o consumo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e refinados, como farinha branca e de trigo. Evite - O excesso de álcool. Ele compromete as células ósseas. - Sal em exagero. Entre outros prejuízos à saúde, o sódio, quando consumido em excesso, facilita a eliminação do cálcio pelo organismo. Para reduzir o consumo do sal e preparar refeições saborosas, use mais ervas frescas em suas receitas. Invista em hábitos saudáveis - Tome sol. Este hábito estimula a produção de vitamina D, fundamental para a absorção do cálcio pelo intestino e para sua incorporação pelos ossos. O ideal é expor-se por pelo menos 15 minutos ao dia: até as 9h da manhã ou após as 15h. Mas evite a exposição em excesso e lembre-se sempre de usar o protetor solar! - Realize atividades físicas regularmente, para ajudar a manter o peso ideal e a pressão arterial sob controle e prevenir a osteoporose e o surgimento de doenças cardiovasculares. - Pratique técnicas de relaxamento, como ioga e meditação, que ajudam a enfrentar melhor os sintomas característicos da menopausa.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

AUMENTE SUA DELICADEZA ATÉ 28cm





AUMENTE SUA DELICADEZA ATÉ 28cm 

Fabrício Carpinejar 


O que leva o homem à impotência é o cuidado. 


O que leva a mulher à frigidez é o cuidado. 

O excesso de cuidado. Cuidado demais ataca. 

Nunca vi uma mulher ou um homem gostar sem criticar. 

O embaraço do sexo não decorre da ausência de intimidade, mas da intimidade. E da cobrança que vem com ela. Mais fácil gozar com estranhos. 

Depois de partilhar meses e cadernos de jornal com nosso par, abandonamos o elogio. Passamos a cobrar e expor os defeitos para que sejam corrigidos. É o cigarro, é a alimentação, é a distração, é o pouco caso com o dinheiro, é a indeterminação do trabalho, é a preguiça. A convivência traz a preocupação com o namorado ou a namorada e uma esquisita vontade de interferir. Entre conhecer e mandar, é um passo. Ou um tropeço. As mais duras agressões não provocam hematomas, ocorrem em nome da sinceridade. 

O amor é confundido com pancadaria. Um teste de resistência. Uma prova de esgotamento nervoso. Se o outro não quer, que vá embora, que desista do prêmio maior que é a confiança. 

Há uma visão sádica que não ajuda nem o masoquista. Falta medida. Falta parar e recomeçar o namoro. Falta esquecer e perceber que o próprio passado não é imutável, não existe certo ou errado, que nem tudo por isso é duvidoso. 

A eficácia mata o erotismo. O aproveitamento total do tempo do relacionamento não colabora com a vaidade. Custa um agrado antes de transar? Uma meia-luz de palavras? 

Não estou pedindo para mentir, muito menos fingir, mas falar um pouco bem para acordar os ouvidos e despertar o interesse. 

No início, os joelhos são venerados, os ombros recebem moldura de madeira, os cabelos são alisados com a decência de um espelho. As expressões afetuosas vão e voltam, repetidas com diferentes timbres. Todo homem no começo é, ao mesmo tempo, um tenor, um barítono e um baixo. Toda mulher no começo é, ao mesmo tempo, uma soprano, uma mezzo e uma contralto. Dependendo da região que toca, a voz muda. 

Com a relação firmada, a excitação torna-se automática. O corpo tem que pegar no tranco. 

A devassidão é trocada pela devassa terapêutica. Desculpa e por favor saem de moda. Como existe o trabalho, a casa, o dia seguinte e terminou a paixão (e somente os apaixonados são sobrenaturais e não sentem cansaço), o sexo pode ser mais prático, mais direto, pode até não ser. Na cama, estaremos falando dos problemas, das contas, do que deve ser mudado na personalidade. Não encontraremos paciência diante do relógio. Não vamos procurar cheirar a pele para atrair o beijo. 

Eu compreendo perfeitamente quando um homem broxa se a cada instante é lembrado de sua barriga. Eu compreendo perfeitamente quando uma mulher decide dormir quando sua lingerie nova não foi reparada. 

Nunca acusamos quem a gente não conhece. 

Julgamos infelizmente quem vive nos absolvendo. 


http://www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br/

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O amor e a febre.


O amor e a febre.

Amor não existe. O que existe é o estado de amar, composto, basicamente por três elementos fundamentais e imprescindíveis: projeção, sensação e reciprocidade. No momento em que um item deste tripé é subvertido, o estado de amar passa a hesitar, embora possa ser confundido, ortodoxamente, com amor eterno, pela saudade, dor e frustração, que remete, invariavelmente, ao sofrimento. Em alguns casos.
Sem projeção, não há sentimento que perdure. É como você trabalhar numa loja que vende videocassetes. A falência é certa. Inevitável enviar currículos e comprar o jornal de domingo pra procurar emprego. Você morreria trabalhando nesse lugar, num feriado, por exemplo, se tivesse outra opção? Por quê? Não é um lugar bom pra você? Talvez até seja, mas não há perspectiva de continuidade, então, você perde, naturalmente, o interesse.
Não há estado de amar sem te sentir plenamente realizado. Sentir boas sensações. A segunda parte do tripé. E aí se inclui uma série de circunstâncias: a subtração de sorrisos por lágrimas deve ter saldo positivo. A tua ‘gana’ de amar - que não deixa de ser uma manifestação de vontade - pode ser minada com as sensações que sente neste período. As palavras, os gestos e atos, não traduzem fidedignamente o que sentimos, isso passa, mas deixam resquícios nas nossas sensações, e aí está o segredo do estado de amar. Se você não se sente bem amando, então não ama mais.
E, por último, a reciprocidade. Reciprocidade viu? Não compensação. Não há amor, absolutamente, sem reciprocidade. Há teimosia, talvez. Amor, não. É como uma dupla sertaneja. Quando um não canta mais, nem mesmo a nomenclatura ‘dupla’, pode ser utilizada. Aí é carreira solo. Amor com carreira solo, não é amor, é, por enquanto, estado de amar. Mas logo, deixa de ser.
Você pode até dizer eu te amo quando o tripé está ‘desajustado’, mas é bem mais fácil que isso seja obsessão, e não amor. Amor não te faz mal.
O amor pode ir e voltar como bem quer, desde que sejam observados os princípios básicos do estado de amar: projetar eternamente, sentir plenamente e receber igualmente.
Então é heresia dizer eu te amo? Claro que não! Quando estou com febre, também digo: eu tenho febre. Não quer dizer que a febre habita em mim, mas que, pelos meus sinais e indícios, ela, por ora, repousa em mim. Se eu me cuidar, a febre some. Se eu me descuidar, o amor também.
Ninguém sofre por amor. Sofre-se, justamente, por não ter amor. E ele pode, sim, ser pra sempre. Mas, também, quem sou eu pra falar de amor? Esqueçam... 
http://relicariodourado.blogspot.com.br

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Ser sensível - Texto de Ana Jácomo



“Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ouvir além dos olhos, de ver além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio tão clara no próprio coração e tantas vezes até doer ou sorrir junto com toda sinceridade. Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido. Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, que faz a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe, é claro que existe. Essa possibilidade de se experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que se experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.
Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.
Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.”

Texto de Ana Jácomo - anajacomo.blogspot.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Quando um homem te ama.


Quando um homem te ama. 

Um  homem quando te ama de verdade vai te dizer isso quase todos os dias e vai tentar demonstrar seu amor além das palavras. Nunca irá ameaçar em te largar, pelo contrário, terá medo de te perder.
Um homem quando te ama não critica suas roupas e nem seus gostos, gasta seus estoques de elogios e ainda repara quando você corta o cabelo, mesmo que seja só dois dedos. Ele sempre vai sentir saudades, vai te ligar durante a madrugada, te mandar uma mensagem boba e mandar vários recados românticos na sua rede social. Vai querer recuperar todo tempo perdido de uma semana inteira de trabalho para ficar o restante ao seu lado. Ele sempre vai respeitar sua TPM, vai te oferecer o colo quando chorar, te dar motivos para sorrir e te tirar para dançar, mesmo não sabendo.
Homem que é homem nunca mente, não omite e nem inventa histórias para se sair ileso de uma situação. Homem que é homem fala a verdade, assume seu erro e pede desculpas. Ele vai trocar uma tarde no bar por um passeio romântico na praça, dispensar o futebol com os amigos por uma tarde de sol com você na piscina e vai ter a paciência de te esperar arrumar para sair numa noite de sábado. Ele nunca vai te deixar esperando por muito tempo e nem vai te abandonar em uma noite de sexta-feira, mesmo que estejam brigados. Você nunca estará em segundo plano na vida dele.
Homem que é homem não trai e não engana. Ele sempre vai ouvir suas palavras com atenção, nunca vai sentir vergonha de te fazer carinho diante dos amigos, sempre vai andar de mãos dadas e não irá solta-las por nada. Sempre vai te levar para onde for e se não for conveniente você ir, ele vai onde você quiser. Vai fazer planos para o futuro, vai colocar uma aliança no seu dedo e vai te fazer juras de amor acompanhado de longos beijos. E ele não vai querer que você mude por nada, vai te aceitar do jeitinho que você é.
Um homem quando te ama de verdade não irá necessariamente ser tudo isso, mesmo porque contos de fadas não existem, mas quando isso acontecer ele não irá cobrar nada em troca, seu amor será gratuito. Mas procure não confundir, um homem quando ama de verdade não precisa viver em função de uma mulher a vida toda, um homem quando ama irá te 'respeitar' como uma verdadeira mulher, simplesmente como a 'mulher da sua vida.'

Maíra Cintra