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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Hipertensão Arterial

Hipertensão arterial (HA) ou pressão alta é chamada de "assassina silenciosa" pois geralmente não causa qualquer tipo de sintoma durante muitos anos até que um órgão vital seja afetado.
A doença causa diminuição da expectativa de vida e aumento da mortalidade de homens e de mulheres.
É o principal fator de risco para problemas cardíacos e também aumenta a probabilidade de doenças renais, derrames (acidente vascular cerebral), aneurismas e claudicação intermitente.
Entre 1981 a 1990, as doenças cardiovasculares foram a maior causa de mortalidade no Brasil, ultrapassando as decorrentes de fatores externos (acidentes e outros), neoplasias (câncer), e de moléstias respiratórias.
Em 1988, estimava-se que 15% dos indivíduos com mais de 20 anos e 35% com idade superior a 50 anos apresentavam pressões arteriais elevadas, o que corresponderia a pelo menos 10 milhões de portadores de hipertensão arterial. Esse número tende a aumentar com o passar do tempo e com a elevação da média de vida da população brasileira.
O que é a Hipertensão Arterial?
Para definirmos o que é a hipertensão arterial, primeiro é necessário saber o que é a pressão arterial. A pressão arterial é a força que o fluxo sangüíneo exerce nas artérias. Através de sua medição, dois valores são registrados: o maior, quando o coração se contrai bombeando o sangue (pressão sistólica), e o inferior, quando o coração relaxa entre duas batidas cardíacas (pressão diastólica).
Hipertensão arterial ou pressão alta ocorre quando a pressão sistólica em repouso é superior a 140 mm Hg ou quando a pressão diastólica em repouso é superior 90 mm Hg ou ambos.
Uma medida isolada com valores altos de pressão arterial não significa que a pessoa tenha hipertensão arterial.
Como se classifica a pressão arterial?
Nos adultos com idade superior a 18 anos, que não estejam tomando medicamentos para controlar a pressão e que não tenham doenças como diabetes mellitus, a pressão arterial é classificada de acordo com o níveis abaixo:
Pressão Sistólica
(mm Hg)
Pressão Diastólica (mm Hg)
Inferior a 80Entre 80- 84Entre 85 - 89Acima de 90
Inferior a 120IdealNormalNormal AltaAlta
Entre 120 - 129NormalNormalNormal AltaAlta
Entre 130 - 139Normal AltaNormal AltaNormal AltaAlta
Acima de 140AltaAltaAltaAlta
Quais são os tipos de hipertensão arterial?
  • Hipertensão sistólica isolada ocorre quando a pressão sistólica é maior ou igual a 140 mm Hg mas a pressão diastólica é inferior a 90 mm Hg, ou seja, a pressão diastólica está dentro da faixa normal. É mais comum em idades avançadas.
  • Hipertensão maligna é uma forma perigosa de alta pressão com evolução rápida, causando necrose de paredes das arteríolas no rim, retina etc. Se não for tratada, pode levar à morte em um período de 3 a 6 meses. Essa doença é bastante rara, ocorrendo em 1 a cada 200 pessoas que têm pressão alta. Ocorre com maior freqüência em negros, nos homens e em pessoas com menor poder aquisitivo.
  • Como é classificada a hipertensão arterial?
    A hipertensão arterial é classificada em quatro estágios definidos na tabela abaixo.
    NívelPressão SistólicaPressão diastólica
    Pressão arterial normalAbaixo de 130 mmHgAbaixo de 85 mmHg
    Pressão arterial normal altaEntre 130 e 139 mmHgEntre 85 e 89 mmHg
    Estágio 1
    Hipertensão leve
    Entre 140 e 159 mmHgEntre 90 e 99 mmHg
    Estágio 2
    Hipertensão moderada
    Entre 160 e 179 mmHgEntre 100 e 109 mmHg
    Estágio 3
    Hipertensão alta
    Entre 180 e 209 mmHgAcima de 110 e 119 mmHg
    Estágio 4
    Hipertensão severa
    Maior ou igual a 210 mmHgMaior ou igual a 120 mmHg

    Quais são as causas da hipertensão arterial?
    Pelo menos 90% dos casos de hipertensão arterial (denominadas idiopáticas, essenciais ou primárias) são decorrentes de fatores não identificáveis mesmo quando pesquisados de modo exaustivo, sendo considerados de múltiplas causas.
    Quando a causa é identificável, a hipertensão é denominada secundária. Nesse caso, algumas situações são passíveis de cura pela remoção do fator que a motivou. De 5 a 10% das pessoas possuem pressão alta provocada por problemas nos rins. Entre 1 a 2% das pessoas apresentam pressão alta devido a problemas hormonais ou ao uso de alguns medicamentos como, por exemplo, pílulas anti-concepcionais. Uma causa rara é a feocromocitoma, um tumor na glândula supra-renal que produz os hormônios adrenalina e noradrenalina.
    Obesidade, vida sedentária, estresse e ingestão excessiva de álcool ou sal na alimentação podem ter um papel importante em pessoas predispostas a ter hipertensão arterial. O estresse tende a fazer com que a pressão aumente temporariamente mas ela costuma retornar ao valor normal assim que cessam os fatores de tensão. Isso explica a hipertensão do avental branco: a tensão emocional da consulta médica faz a pressão do paciente aumentar suficientemente para ser diagnosticado como hipertensão.

    Quais são os sintomas da hipertensão arterial?
    Grande parte das pessoas com pressão alta não apresenta sintomas. Pode ocorrer, por coincidência, manifestações que são erroneamente atribuídas à pressão alta: dor de cabeça, sangramento do nariz, tontura, rosto avermelhado e cansaço. Esses sintomas, entretanto, também aparecem freqüentemente em pessoas com pressão normal.
    Se uma pessoa com hipertensão arterial severa ou pressão alta passar um longo período sem tratamento, sintomas como dor de cabeça, fadiga, náusea, vômito, falta de ar, visão borrada aparecem provocados por danos no cérebro, olhos, coração e rins. Ocasionalmente, pessoas com pressão muito alta e em estágios avançados da hipertensão arterial, elas podem ter tontura ou mesmo coma, ou seja, encefalopatia hipertensiva, e necessitam de tratamento emergencial.

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