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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Humanamente Covarde



Eu poderia nessa madruga enrolar-me nas armas oferecidas pela literatura, banhar meu espaço em branco com um mar de palavras distantes e desprovidas de lógica, para no final, somente no final revelar que falo de amor.  Porém o que rege minha criação nesse cenário noturno são coisas que me levam para baixo, um peso, pés no chão. Muitas vezes me questionei se tinha um corpo sem alma, ou se eu tinha uma alma sem corpo, mas hoje começo a questionar-me quantas almas tenho, quantos olhos consigo enganar e quanto desperdício de tempo consigo presenciar. É estranho como as pessoas sofrem longe de razões ou propósito, recuso a compreender esse vício de dor, que por sinal, é um ciclo prazeroso. Encontremos a razão de separar corações que se amam, talvez o sentido da dor nesse pequeno exemplo se dê pela formação de histórias, sem dor, provavelmente, não existiria Romeu e Julieta, portanto não separemos o queijo da goiaba, não perdoaria tal insulto! Amor não deixa de ser vivido porque alguém morreu, isso é do lado de fora, mas aqui dentro sou só eu e você, não há Shakespeare para nos aconselhar, tão pouco nos escrever, cada passo dado somos responsáveis por cada pegada deixada. Não joguemos a culpa de nossas negligencias em nossa condição humana, seria um pecado imperdoável! Sejamos responsáveis o suficientes para assumir que jogamos o grande amor da nossa vida fora, sejamos honestos ao menos uma vez para admitir que inventamos essa coisa de “amor próprio” para cobrir o despeito, e somente aqui nesse espaço falemos uma verdade: “abandonamos quem amamos constantemente por nossa subjetividade, e nos perdemos no orgulho”
Postado por Áquila Marielly

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