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terça-feira, 24 de julho de 2012

"O amor que se acabou"


"O amor que se acabou" 


Quando foi que o amor se acabou e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou?

Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos deixados pro lado, de tanto monólogo de ambas as partes, da presença de fantasmas do passado.

Em geral o amor assiste à própria morte e resta silencioso.

Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas.

O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou.

Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim.

E caminham vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois.

Mas a vida não acaba quando morre um amor.

Ela simplesmente passa por uma transição que, como todas, é freqüentemente dolorida.

Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido.

Mas, o que é o desconhecido?

Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, mergulhados, precisamos vivê-lo.

Aceitar a morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida.

E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer nossa fragilidade ante o que não podemos controlar.

E a vida não se controla.

Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos e perigos que ela nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos reserva.

Precisamos é tirar o melhor partido do que está nas nossas mãos e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço.

Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes a válvula propulsora para uma nova vida, uma nova história, um novo amanhã.

*Letícia Thompson*

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