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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Urso Faminto


Urso Faminto


Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas,   e dela tirou um panelão de comida.

O urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.  Na verdade, era o calor da tina… Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida.

O urso tinha tantas queimaduras que mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.

Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes.

Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero.

Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

Solte a panela!

PensamentosLucena

quinta-feira, 26 de julho de 2012

"Nem todo homem é jardineiro"


Nem todo homem é jardineiro

Um dia as flores descobriram que podiam se deixar levar pelo vento. Descobriram que eram fortes e que tinham direito de viver. O mundo então mudou.

Antes, dominadas pela sociedade machista e convencidas que a melhor maneira de viver era seguir a maré, as mulheres calavam-se. Fingiam felicidade, fingiam prazer. As que encontravam marido deviam dar-se por satisfeitas. E davam-se.

O segredo de tantos casamentos durarem muitos anos antigamente não é o amor que era mais puro e forte, mas a situação da mulher que, dependente financeira e emocionalmente do marido, não ousava. Não dizia o que pensava realmente, não exteriorizava o que sentia. As mulheres foram preparadas para servir, os homens para serem servidos. Tanto que parte e outra aceitavam, o mundo caminhava e os casamentos iam adiante.

Mas aos poucos a sociedade foi mudando. E as mulheres foram revelando-se. Descobriram-se vivas. Descobriram que podem dizer não e sim: não a uma vida monótona e que não realiza; descobriram que são capazes de produzir, criar. Descobriram que podem escolher e escolhem. Escolhem mudar de vida, de caminho, de direção.

Jardineiros nem sempre cuidadosos, muitos homens não percebem que a mulher é uma flor. Uma flor serena ficará para sempre no jardim onde foi plantada; somente as que encontram vazio diante de si deixam-se cativar por diferentes horizontes.

Um bom jardineiro sabe que uma flor precisa de sol, atenção, cuidados especiais. Um bom jardineiro cativa, cultiva, tem cuidado, poda quando preciso, mas sempre fazendo atenção para não destruir, porque ele sabe que quando a primavera chega a sua flor dará o melhor de si.

Letícia Thompson

terça-feira, 24 de julho de 2012

"O amor que se acabou"


"O amor que se acabou" 


Quando foi que o amor se acabou e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou?

Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos deixados pro lado, de tanto monólogo de ambas as partes, da presença de fantasmas do passado.

Em geral o amor assiste à própria morte e resta silencioso.

Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas.

O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou.

Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim.

E caminham vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois.

Mas a vida não acaba quando morre um amor.

Ela simplesmente passa por uma transição que, como todas, é freqüentemente dolorida.

Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido.

Mas, o que é o desconhecido?

Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, mergulhados, precisamos vivê-lo.

Aceitar a morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida.

E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer nossa fragilidade ante o que não podemos controlar.

E a vida não se controla.

Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos e perigos que ela nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos reserva.

Precisamos é tirar o melhor partido do que está nas nossas mãos e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço.

Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes a válvula propulsora para uma nova vida, uma nova história, um novo amanhã.

*Letícia Thompson*

domingo, 22 de julho de 2012

ESPERANDO NA TEMPESTADE


ESPERANDO NA TEMPESTADE 

A nossa espera passa por vários estágios. Há aquele período em que nossa fé é forte como um touro! Nada nos derruba. Existe também a fase que dói, machuca. Parece que estamos sangrando e que não vamos resistir...

Entre tantos estágios que poderíamos citar aqui, queremos compartilhar um deles, especificamente, quando as coisas aparentemente pioram ao invés de melhorar.

É como se estivéssemos num barco em alto-mar, e quando avistamos terra firme, sopra um vento forte e nos leva para mais longe, onde não se pode ver nada além de água salgada.

Não há socorro, não há comida, não há auxilio, não há terra, não há nada... Só nos resta uma fagulha de esperança.
Então pensamos: "Pior do que está não vai ficar..." Mas nem bem terminou o pensamento, e caem chuvas torrenciais, uma tempestade horrorosa. Isso acontece muito na nossa espera. 

A gente ora, jejua, intercede, vive uma vida santa, e ainda assim parece que estamos cada vez mais longe da terra firme.

E quando estamos distraídos, pensando que a prova está prestes a terminar (afinal, Deus sabe que não aguentaríamos nem mais um dia nesse barco, quem dirá um mês ou um ano), vem a tempestade e nos tira a visão do propósito. Nos faz olhar para as ondas violentas e crer que não vamos conseguir.

E ai a gente pergunta: "Pai, cade você, cara? Tu não está me vendo aqui não?" E Deus está calado, totalmente em silêncio. Nada de respostas, nada de refrigério, nada de água potável (só salgada), nada de nada...

Estamos cansados de ler e ouvir que: Deus trabalha em silêncio, que o silêncio também é resposta, que o silêncio é gerado por alguma coisa, etc... Mas enfim, o que eu devo fazer quando minha espera está desse jeito?

Porque convenhamos, que Deus não desistiu de nós, isso a gente ja sabe.
Que Ele nos ama, isso também a gente já sabe (embora não valorizemos tanto quanto poderíamos).
Que Ele faz todas as coisas cooperarem para o nosso bem, também está na ponta de língua.

Sabe o que devemos fazer? Na real? 

NÃO DESISTIR DE LUTAR CONTRA A CARNE!
NÃO DISISTIR DE ESPERAR PORQUE A "PROMESSA" ESTÁ NAMORANDO OUTRO(A)!
NÃO DESISTIR DE OBEDECER AO SENHOR, SÓ POR BIRRINHA INCONSEQUENTE.
NÃO DESISTIR DE AMAR A DEUS.
NÃO DESISTIR DAS PROMESSAS.
NÃO DESISTIR DE CRER...

O tempo só é longo para nós, humanos. Deus é o Senhor do tempo (e de tudo).

E com certeza, depois de enfrentar situações como essas aí do barco, sinceramente, não é qualquer chuvinha ou ventinho que nos fará "bambear".

Ame-O, Santifíque-O, Espere-O, Creia, e supere o barco, a tempestade, as diverisades, desça em terra firme glorificando a Deus.

"Não te deixarei, nem te desampararei." Hebreus 13:5

No amor de Cristo,
Por BRUNA E RHANÚSIA
http://euescolhiesperar.com

sábado, 21 de julho de 2012

Manifesto contra a hipocrisia/ "O Sofrimento do Hipócrita"


Manifesto contra a hipocrisia/ "O Sofrimento do Hipócrita"


Atenção! níveis de hipocrisia acima do normal,podem matar. Este "veneno",deve ser consumido com prudência,apenas na medida de uma sã convivência social. É claro que nunca nenhum de nós é completamente franco,o que constituiria uma desgraça em termos relacionais. Ás vezes convém ser algo moderado na expressão das nossas opiniões,pois não conseguiriamos obter com elas nada de verdadeiramente importante e apenas causariamos muitos estragos vãos.Outras vezes porém,impõe-se a necessidade da verdade nua e crua,sendo que a verdade é sempre subjectiva.Direi então, impõe-se revelar o outro lado das questões.Aquele que nunca vê a luz por conta da hipocrisia.Saber distinguir esses momentos é porventura uma questão de sensibilidade ,como outra qualquer. Ou poderá ter a ver com a noção dos limites do perigo aliados a uma grande falta de pachorra.Para que todos façam uso da sua própria dose de hipocrisia em doses adequadas à sua própria sanidade mental,aconselho a leitura deste texto de vitor hugo que nos fala do "sofrimento do hipócrita":

"Ter mentido é ter sofrido. 0 hipócrita é um paciente na dupla acepção da palavra; calcula um triunfo e sofre um suplício. A premeditação indefinida de uma ação ruim, acompanhada por doses de austeridade, a infâmia interior temperada de excelente reputação, enganar continuadamente, não ser jamais quem é, fazer ilusão, é uma fadiga. Compor a candura com todos os elementos negros que trabalham no cérebro, querer devorar os que o veneram, acariciar, reter-se, reprimir-se, estar sempre alerta, espiar constantemente, compor o rosto do crime latente, fazer da disformidade uma beleza, fabricar uma perfeição com a perversidade, fazer cócegas com o punhal, por açúcar no veneno, velar na franqueza do gesto e na música da voz, não ter o próprio olhar, nada mais difícil, nada mais doloroso. 0 odioso da hipocrisia começa obscuramente no hipócrita. Causa náuseas beber perpétuamente a impostura. A meiguice com que a astúcia disfarça a malvadez repugna ao malvado, continuamente obrigado a trazer essa mistura na boca, e há momentos de enjôo em que o hipócrita vomita quase o seu pensamento. Engolir essa saliva é coisa horrível. Ajuntai a isto o profundo orgulho. Existem horas estranhas em que o hipócrita se estima. Há um eu desmedido no impostor. 0 verme resvala como o dragão e como ele retesa-se e levanta-se. 0 traidor não é mais que um déspota tolhido que não pode fazer a sua vontade senão resignando-se ao segundo papel. É a mesquinhez capaz da enormidade. 0 hipócrita é um titã-anão." 

Victor Hugo, in "Os Trabalhadores do Mar" 

...que pena tenho dos hipócritas aqui retratados...

http://www.luso-poemas.net

quarta-feira, 11 de julho de 2012

As portas do coração


As portas do coração


Acho que ninguém passa a vida como uma folha em branco, sem escritos, sem rabiscos. Tudo vai sendo escrito na alma, os momentos vão sendo registrados , misturando o que foi com o que deixou de ser, as grandes expectativas com as grandes decepções.

Cada página virada traz as marcas das que passaram e com o tempo vamos aprendendo a prudência nas relações.

Quando somos jovens é diferente, pois a esperança é tão eterna quanto o amor que toma conta da gente. Mas os anos nos trazem a vivência, a desconfiança e a memória das coisas que nos fizeram mal.

Se na juventude nos jogamos de cara a cada nova oportunidade, mais tarde aprendemos a caminhar lentamente, olhar de longe, tentar reconhecer os riscos e buscar garantias. Essas mesmas garantias que só são assinadas depois, bem depois, caso existam.

A vida não nos abandona e as oportunidades vão surgindo. Mas, com elas as feridas que se reabrem, que revivem e fechamos os olhos a, talvez, belos instantes de felicidade plena e eterna.

Não sabemos! Não podemos saber! As pessoas não são iguais, mas tão parecidas! Não queremos sonhar de novo e cair de novo, chorar de novo e parecer tolos aos olhos dos outros... preferimos fechar as portas do coração e olhar pela fresta, imaginar o que teria sido se tivéssemos, pelo menos, tentado...

Queremos sempre o amor, nunca a dor que dele resulta. Queremos o mel, a alegria e até a saudade que pode incomodar o coração, mas dor... dor não!

Não sabemos, talvez, que seja esse o preço e que a alegria de amar um tempo vale mil vezes a dor cravada na alma.

Amar alguém é elevar-se ao ponto nobre da vida. É tocar o céu e ter a terra aos seus pés. E se mais tarde os ventos contrários nos trazem de volta, valeu a viagem, valeram as lembranças que carregamos e que nos sustentam.

E entre os escritos da vida, prevalecem, no fim, o néctar que soubemos tirar das flores, a poesia que tiramos dos amores, mesmo daqueles que tiveram fim...

Letícia Thompson

terça-feira, 3 de julho de 2012

SIMPLES MOMENTOS


SIMPLES MOMENTOS


A vida não tem que ser, necessariamente, cheia de glamour e espetáculo, para que se torne rica e gratificante; os melhores momentos são os momentos simples e comuns. John Ganblin


Realmente, não é aquilo que o rodeia ou lhe acontece que faz com que a vida se torne agradável e atraente, e sim o que você faz com a sua vida. Algumas pessoas podem se sentir miseráveis mesmo em meio ao mais empolgante e opulento ambiente, enquanto outras podem encontrar maravilhas e tesouros preciosíssimos nas circunstâncias mais triviais e comuns possíveis.


Este lugar onde você se encontra pode ser um lugar maravilhoso. Há um milagre acontecendo na sua vida neste exato momento: ele é seu para que você o viva e o desfrute em abundância. Jamais se esqueça disto: se a sua felicidade estiver na dependência de algum fator externo, fatalmente você irá experimentar um grande desapontamento, tendo sempre necessidade de algo mais.


Busque a sua alegria e contentamento nos valores eternos, e não nos externos; é esse “x” que faz toda a diferença do mundo. Faça dos momentos simples motivos de gratidão a Deus – a esse Deus que tem uma habilidade incrível de fazer dos instantes singelos algo muito marcante, capaz de permanecer para sempre em sua memória.


Nélio DaSilva


Para Meditação:


A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore de vida. Provérbios 13:12